Igor Mundstock analisa o mercado de trabalho dos EUA, destacando a desaceleração nas contratações públicas e a força do setor privado.
Principais Pontos
- Relatório de maio apresentou 139.000 contratações, acima do esperado.
- Taxa de desemprego nos EUA permanece estável, mas com leve tendência de alta.
- Contratações públicas praticamente zeraram, enquanto o setor privado lidera.
- Revisões de dados de meses anteriores reduziram a média de contratações.
- O mercado de trabalho desacelera, mas não indica recessão iminente.
- Ativos de risco reagiram positivamente ao relatório de maio.
- O setor privado norte-americano mantém contratações acima da média.
- As contratações públicas caíram significativamente desde 2024.
- O Fed pode ajustar a taxa de juros dependendo do cenário econômico.
Resumo
Na última sexta-feira, Igor Mundstock apresentou uma análise detalhada sobre o mercado de trabalho americano, com foco no relatório de emprego de maio. Os dados mostraram 139.000 contratações, superando as expectativas, enquanto a taxa de desemprego permaneceu estável, embora com uma leve tendência de alta, perceptível apenas em análises mais detalhadas.
O destaque central da análise foi a diferença entre as contratações públicas e privadas. Segundo Mundstock, as contratações públicas, que em anos anteriores sustentaram parte do mercado de trabalho, agora estão praticamente zeradas. Por outro lado, o setor privado tem mantido uma média de contratações significativa, algo que reforça a solidez do mercado de trabalho americano.
Outro ponto importante foi a revisão dos dados de meses anteriores, que corrigiram para baixo as médias de contratações, mostrando uma desaceleração. Apesar disso, Mundstock destacou que os números não indicam uma recessão iminente, mas sim uma estabilização do mercado de trabalho.
Com relação aos ativos de risco, a reação foi positiva. A análise mostrou que, mesmo com revisões desfavoráveis, a força das contratações privadas afastou temores de recessão e trouxe otimismo ao mercado financeiro.
Mundstock também ressaltou a importância de olhar para as tendências de médio prazo, como a média de contratações dos últimos três meses, que se encontra em 135.000. Ele explicou que esse indicador ajuda a suavizar as oscilações mensais e a identificar padrões mais claros no mercado de trabalho.
Além disso, o impacto das contratações no setor financeiro foi analisado, com destaque para a reação nos juros, no dólar e nos ativos de risco. Mundstock pontuou que o mercado ainda está atento a possíveis cortes nas taxas de juros pelo Fed, dependendo da evolução dos indicadores econômicos.
Por fim, a análise também apontou oportunidades no mercado americano, especialmente em setores e ativos que ainda não se recuperaram completamente, como as small caps, representadas pelo índice Russell. Mundstock acredita que esses ativos podem oferecer retornos significativos caso o mercado continue em recuperação.
Explicando os Termos
- Payroll: Termo em inglês que se refere ao relatório de emprego que mostra o número de contratações e demissões nos Estados Unidos.
- Fed: Abreviação para Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, responsável pela política monetária do país.
- Small Caps: Empresas de pequeno porte, geralmente com menor valor de mercado, que podem oferecer maior potencial de crescimento, mas também apresentam maior risco.
- Carry Trade: Estratégia financeira que envolve tomar empréstimos em uma moeda com baixa taxa de juros para investir em outra com taxas mais altas.
- RSI: Índice de Força Relativa, uma métrica usada na análise técnica para avaliar a força de uma tendência de preço.
- OPEP+: Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, responsável por decisões sobre a produção de petróleo no mundo.